Faça como o peixe: feche a boca
Conhecer pessoas, interagir, construir relações de trabalho. Isso é e sempre será vital e intransponível na natureza do homem, como ser social e o seu vínculo com o trabalho. Mas tenho visto a cada dia as pessoas confundirem sociabilidade em relações de trabalho, com liberdade para fazer do ambiente corporativo ocasiões de descontração contínua e um clima fluido para narrativas abertas e cansativas sobre a vida familiar.
Comentar sobre a família, falar dos filhos...Isso é bom, sim e amplia laços de respeito e confiança nas interlocuções. Mas tenha cautela: falar sem propósito, sem contexto, sobre o tipo de carne que comeu no final de semana, o que bebeu, com quem encontrou, enfim, revelar todo o seu universo particular é outra coisa. E cansativo para quem ouve.
É preciso medir o seguinte: que tipo de assunto e abordagem estou comentando de minha vida familiar e social nas minhas relações de trabalho e quanto tempo estou dedicando a esse tema nas minhas interlocuções corporativas.
É preciso saber o que dizer, como dizer e o momento de parar.
Muitas vezes, as secretárias são "usadas" como depositários de ladainhas infindáveis. E justamente as secretárias, peças preciosas que interagem na proximidade entre o fluxo da recepção e o despacho com a hierarquia.
É inteligente e de bom senso se respeitar o papel das secretárias. Da mesma forma que elas podem auxiliar na abertura das portas e agendas são bastante suficientes para atravancar avanços de contatos. Então, fale menos, dose o que fala sobre sua vida profissional no trabalho. Dose o tempo de exposição. É como canja de galinha para doente. Não faz mal e sempre fará bem.